sábado, 30 de abril de 2011

O FMI E A CONSTITUIÇÃO


Damos
inicio a um conjunto de escritos que visam chamar a atenção para questões
relacionadas com o provável acordo com o FMI e suas consequências para o Povo
português.


Desde
logo porque as medidas previstas naquele acordo implicam a alteração da Constituição
da Republica portuguesa, a nossa Lei Fundamental, substituindo-se assim a
soberania do Povo pela soberania das instituições financeiras, o que deve
merecer o repudio de todos os portugueses.


Todos
aqueles que juraram o cumprimento da Constituição, a começar pelo Presidente da
Republica, vão agora dar o dito pelo não dito e aprovar uma alteração
determinada por razões ocasionais, a dita crise financeira, tal como no passado
o fizeram por razões de desenvolvimento económico. A verdade é que as alterações
introduzidas ao longo das legislaturas, se mostraram ineficazes quer do ponto
de vista económico, do ponto de vista do desenvolvimento social ou do ponto de
vista da prevenção ou fiscalização dos actos da gestão publica e que conduziram
o País para a bancarrota.


A
ser necessária alguma revisão constitucional, seria no sentido de salvaguardar
que os responsáveis políticos pela actual crise pudessem ser julgados e condenados pela gestão que fizeram
dos recursos postos ao seu dispor.


A
revisão constitucional que se antevê irá retirar, restringir, diminuir direitos
e garantias ao Povo e por isso o Povo deve ser chamado a pronunciar-se em
matéria que lhe diz directamente respeito.


Assim
temos a classe politica dirigente a torcer por uma revisão constitucional que
lhes permita continuar a governar a seu bel-prazer e o Povo a torcer pela
necessidade de uma mudança radical de politicas. Não se achará senão justo que
quem paga a factura seja o principal interveniente no processo de decisão.
Fazerem acordos nas costas do Povo sem o
ouvir é criminoso e por isso o acordo deve ser precedido de um referendo.


Lê, assina e divulga a petição para o referendo ao acordo com o FMI em:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9329

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Petição Referendo ao Acordo com o FMI

Para:Assembleia da República

A República Portuguesa, nos termos da Constituição, é um Estado de Direito Democrático, baseado na soberania popular e visando a realização da democracia económica e social e o desenvolvimento da democracia participativa.
Portugal enfrenta a mais grave crise da sua história. Por isso é um direito e um dever de todos nós, participarmos no processo de decisão que obriga o Estado e o Povo ao cumprimento do acordo com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia.
Por não sermos consultados a forma de participação é o referendo, à pergunta:
Concorda com os termos do acordo com o FMI, BCE e EU?
Os signatários:
  
Para asinar a Petição REFERENDO AO ACORDO COM O FMI
ir a:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9329

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PORQUE REFERENDAR ACORDO COM FMI?

Usando da faculdade conferida pela Lei nº 15-A/98, os subscritores vêm propor seja referendado o acordo que o Estado português promoveu com o Fundo Monetário Internacional.
A Constituição da Republica Portuguesa declara-a como um Estado de Direito democrático, baseado na soberania popular, visando a realização da democracia económica e social e o aprofundamento da democracia participativa, onde a soberania, una e indivisível, reside no Povo.
Aquele acordo põe em causa um conjunto de direitos constitucionais, eliminando ou reduzindo-os tais como:
A garantia de segurança no emprego (artº 53)
Condições socialmente dignificantes do trabalho (artº 59)
A segurança social deve proteger os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência (artº 63)
O direito à protecção na saúde é realizado através de um Serviço Nacional de saúde universal e geral, tendencialmente gratuito (artº 64)
A promoção do bem-estar social e económico e de qualidade de vida das pessoas, em especial dos mais desfavorecidos (artº 81)
Portugal enfrenta uma das mais graves cries da sua historia, seja a nível financeiro, económico e ou social.
A crise financeira é provocada pelo alto endividamento do Estado, caminhando a passos largos para o incumprimento dos seus compromissos internacionais, fruto de uma péssima gestão dos recursos financeiros, técnicos e humanos.
Não pode o País continuar com a euforia despesista dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos, sob pena de hipotecar a soberania do Estado e do Povo.
Não se achará senão justo que os responsáveis pelo estado das contas publicas, sejam responsabilizados civil, criminal, administrativa e politicamente se disso for caso.
É injusto atirar o ónus da crise para cima daqueles que em nada contribuíram para ela, os mais desfavorecidos, quando as classes prevelegiadas usufruíram e vão continuar a usufruir das benesses deixando impune quem pôs em causa a soberania do Estado e do Povo.
Para fazer face às consequências da crise financeira, propõem-se um conjunto de medidas, como o agravamento dos impostos.
Ora, o aumento de impostos, tem efeitos nefastos na economia, já degradada, porque cada euro retirado ao cidadão é menos um euro que entra na economia. Assim, uma politica baseada no aumento de impostos, é necessariamente uma politica recessiva, sendo previsível o aumento de falências e o crescimento do desemprego.
Pretender que o trabalhador seja a causa do fraco desenvolvimento económico, quando as decisões são do poder politico e se acham completamente desadequadas à realidade do País, como o mostram o desmantelamento do sector primário, com especial ênfase nas pescas e agricultura, é no mínimo aberrante.
Por via das politicas prosseguidas o Estado tornou-se no principal inimigo do desenvolvimento económico e social.
O aumento de impostos, com especial incidência sobre o consumo, afectando de forma desigual as pessoas, e em que os mais carenciados, pela escassez de recursos são mais penalizados, não só impede o desenvolvimento social como ainda degrada o pouco que temos.
Restrições como o fim das isenções no Serviço Nacional de Saúde, os cortes de algumas das prestações sociais de protecção dos trabalhadores ou a redução de direitos laborais dos trabalhadores sem que os mesmos tenham participado no processo de decisão, são susceptíveis de violar a Constituição da Republica, para alem das consequências que tais medidas implicam.
Existem, no entanto medidas, que os subscritores, acreditam poder ajudar mais a ultrapassar a situação de crise em que mergulharam o País e que não vemos contempladas no acordo com o FMI e que por isso são a razão do presente pedido de referendo.
Assim questiona-se se:
O acordo com o FMI prevê um tecto aos salários, indexados e subalternizados ao do Presidente da Republica, tanto no sector publico como no privado?
O acordo com o FMI prevê um tecto às reformas máximas, independentemente dos descontos efectuados, tal como existe na Europa comunitária de 1700 euros?
O acordo com o FMI prevê um tecto para as obras publicas, a partir do qual devem ser submetidas a referendo para justificar da necessidade e oportunidade das mesmas?
O acordo com o FMI prevê um tecto ao endividamento do Estado, interno ou externo?
O acordo com o FMI prevê a extinção dos organismos da administração indirecta do Estado, como institutos, fundações ou empresas publicas da administração central, regional ou local?
O acordo com o FMI prevê penalizações para os prémios, comissões ou outras formas de remuneração para alem do salário do Presidente da Republica?
O acordo com o FMI prevê um código de trabalho participado e escrutinado?
O acordo com o FMI prevê a redução do salário mínimo nacional?
O acordo com o FMI prevê a redução das prestações sociais?
O acordo com o FMI prevê o fim das isenções na saúde?
No acordo com o FMI, o Estado e o Povo devem ser responsabilizados pela ajuda à banca?
Muitas mais questões poderiam ser levantadas, mas as agora apresentadas são mais que suficientes para fundamentar a necessidade de referendar, na sua globalidade, o Acordo com o FMI.

sábado, 23 de abril de 2011

Acordo com o FMI a Referendo!

O acordo que vier a ser estabelecido pelo governo português com o FMI, BCE e CE deve ser sujeito a Referendo nacional.

Foi uma minoria, a dos dirigentes políticos que tem ocupado o poder nos últimos anos, que levaram o país à situação em que se encontra, de descalabro económico, financeiro e social. São estes, os senhores do poder, os responsáveis directos desta situação.

A maioria dos portugueses, são os que à sua custa e trabalho vão ser chamados a pagar a factura que não tiveram a responsabilidade directa em criar.

Enquanto os culpados, os governantes com mandato renovado, como tudo indica pelo resultado previsível das eleições, armados então em senhores do Fraque se preparam para fazer a cobrança em nome do representante dos especuladores financeiros internacionais, o FMI.

Pelo que entendemos que os portugueses, todos, devem ter uma palavra: dizer se aceitam ou não a solução engendrada pelos mesmos que criaram a situação.

O Referendo é uma forma de legalidade constitucional.

Há que aproveitá-la.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

blog do Movimento pelo referendo ao acordo com o FMI

Quando entrámos na CE não fomos ouvidos
Quando aderimos ao Euro não fomos ouvidos
E agora
Vamos ser mandados pelo FMI sem ser ouvidos?