Quando o cidadão ouve falar nos mercados não lhe ocorre que existem outros mercados para alem dos financeiros, que compõe a teia com que este sistema caduco nos pretende conduzir à fome e miséria.
Os sapientes economistas advogam a teoria de que as regras são e devem ser estabelecidas pelos mercados que não pelos produtores, não tendo em conta os custos de produção. Obviamente que enquanto consumidores beneficiamos desta situação mas ao mesmo tempo estamos destruindo o tecido produtivo, criamos desemprego e depois se verá o resultado final.
É neste contexto que surge o palavrão competitividade que mais não significa que a obtenção de um produto ou serviço com qualidade e caracteristica semelhante pelo melhor preço, o mais baixo. Tal só é possível pela redução de custos na produção. Mas como?
Os principais custos são os encargos com o pessoal, as matérias primas, os custos intermédios, custos energéticos e logísticos e a fiscalidade.
Os custos energeticos e logísticos estão fortemente penalizados pela carga fiscal e ninguém estará à espera que um qualquer desgoverno abdique da sua cobrança.
As matérias primas também são condicionadas pela lógica dos mercados pelo que dificilmente se poderá obter um preço mais vantajoso a não ser pela escravização do pessoal.
Os encargos com o pessoal podem ser reduzidos, de acordo com os economistas, aumentando a produtividade ou reduzindo salários.
Quanto à produtividade, outro palavrão, entenda-se a quantidade que cada trabalhador produz num determinado período de tempo. Para aumentar a produtividade ou se maquinaria com cada vez mais capacidade produtiva ou aumentam-se os ritmos de trabalho até à exaustão do trabalhador.
Num contexto de crise como a que vivemos não se vislumbra que os empresários arrisquem em avultados investimentos, preferindo a intensificação dos ritmos de trabalho e a redução salarial, conduzindo os trabalhadores para a escravatura.
Ou seja, a ditadura dos mercados, não permite que o produtor e, ou o trabalhador fixem o preço do seu trabalho, que incluam os custos de produção nos preços dos produtos, mas querem ao mesmo tempo incentivar à super-produção com recurso a trabalho escravo, com as consequencias à vista.
Portanto, quando se fala de mercados, não podemos esquecer que para alem dos mercados financeiros, temos de suportar também os outros que nos conduzem à escravatura do século XIX.
Contra isto devem levantar-se todos os trabalhadores e produtores, aderindo à GREVE GERAL NACIONAL DIA 24 DE NOVEMBRO, manifestando a sua indignação e revolta contra este sistema e exigindo uma nova ordem económica.
sábado, 29 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
QUE CRISE?
Nos ultimos tempos, temos vindo a assistir a um conjunto de doutas declarações de crises financeira e economica, tudo no sentido de desviar as atenções da questão central que é a unica e verdadeira crise: a social.
Não há qualquer crise financeira, porque o sistema financeiro tem dinheiro suficiente para emprestar; o que há efectivamente é uma crise de financiamento por parte do Estado, mau pagador, caloteiro, consumista, despesista, mal administrado e pior gerido, no sentido de enriquecer os clientelismos partidarios dominantes. Fosse o Estado um bom pagador, um exemplar cumpridor e que não hipotecasse o País atraves da colossal divida publica, eainda hoje conseguiria obter credito a juros compativeis.
Depois da hipoteca e sob o espectro da penhora vem o Estado, atraves do governo, saquear salarios, subsidios, aumentar a carga fiscal, diminuir agressivamente o poder de compra dos trabalhadores e pensionistas, como se fossem estes os autores da gestão do País, provocando degradação social. Essa é que é a verdadeira crise, a diminuição das condições de vida das pessoas, a regressão social.
A dita crise economica é um efeito da regressão social, pois que sem capacidade de consumo, retirada por acção do aumento dos impostos, aliada ao desemprego, à precaridade no trabalho. É por esta crise que o dinheiro não entra na economia e não é por acaso que surgem os apelos à exportação; é que a classe dominante sabe que o Povo português cada vez tem menos capacidade de injectar dinheiro na economia.
Se, ao inves de roubarem nos salarios e ou subsidios dos trabalhafores penalizassem os salarios publicos e privados cujos remanescentes não entram na economia mas sim no sistema financeiro como poupança, então teriamos uma economia mais forte e sustentavel.
Poderão argumentar que os melhores tecnicos, especialistas das diversas areas, os melhores craneos, desapareciam. Esquece, quem assim pensa, que cada vez que há uma alteração governativa com repercussões nas administrações central, regional e local, todos os novos mister são apresentados como as sumidades do momento capazes de resolver os problemas do País, mas depois é ver o trabalho realizado, por essa cambada de pilha galinhas, sendo um favor que faziam ao Estado e ao Povo se de facto emigrassem. Por outro lado, o persistir em manter esta forma de poder poderá conduzi-los a uma Primavera semelhante à dos países arabes.
Portanto não desviem as atenções para questões colaterais, quando a unica e verdadeira crise é a social e é nessa que tem de ser concentrado todo o discurso.
Não há qualquer crise financeira, porque o sistema financeiro tem dinheiro suficiente para emprestar; o que há efectivamente é uma crise de financiamento por parte do Estado, mau pagador, caloteiro, consumista, despesista, mal administrado e pior gerido, no sentido de enriquecer os clientelismos partidarios dominantes. Fosse o Estado um bom pagador, um exemplar cumpridor e que não hipotecasse o País atraves da colossal divida publica, eainda hoje conseguiria obter credito a juros compativeis.
Depois da hipoteca e sob o espectro da penhora vem o Estado, atraves do governo, saquear salarios, subsidios, aumentar a carga fiscal, diminuir agressivamente o poder de compra dos trabalhadores e pensionistas, como se fossem estes os autores da gestão do País, provocando degradação social. Essa é que é a verdadeira crise, a diminuição das condições de vida das pessoas, a regressão social.
A dita crise economica é um efeito da regressão social, pois que sem capacidade de consumo, retirada por acção do aumento dos impostos, aliada ao desemprego, à precaridade no trabalho. É por esta crise que o dinheiro não entra na economia e não é por acaso que surgem os apelos à exportação; é que a classe dominante sabe que o Povo português cada vez tem menos capacidade de injectar dinheiro na economia.
Se, ao inves de roubarem nos salarios e ou subsidios dos trabalhafores penalizassem os salarios publicos e privados cujos remanescentes não entram na economia mas sim no sistema financeiro como poupança, então teriamos uma economia mais forte e sustentavel.
Poderão argumentar que os melhores tecnicos, especialistas das diversas areas, os melhores craneos, desapareciam. Esquece, quem assim pensa, que cada vez que há uma alteração governativa com repercussões nas administrações central, regional e local, todos os novos mister são apresentados como as sumidades do momento capazes de resolver os problemas do País, mas depois é ver o trabalho realizado, por essa cambada de pilha galinhas, sendo um favor que faziam ao Estado e ao Povo se de facto emigrassem. Por outro lado, o persistir em manter esta forma de poder poderá conduzi-los a uma Primavera semelhante à dos países arabes.
Portanto não desviem as atenções para questões colaterais, quando a unica e verdadeira crise é a social e é nessa que tem de ser concentrado todo o discurso.
Subscrever:
Mensagens (Atom)