sábado, 22 de outubro de 2011

QUE CRISE?

Nos ultimos tempos, temos vindo a assistir a um conjunto de doutas declarações de crises financeira e economica, tudo no sentido de desviar as atenções da questão central que é a unica e verdadeira crise: a social.
Não há qualquer crise financeira, porque o sistema financeiro tem dinheiro suficiente para emprestar; o que há efectivamente é uma crise de financiamento por parte do Estado, mau pagador, caloteiro, consumista, despesista, mal administrado e pior gerido, no sentido de enriquecer os clientelismos partidarios dominantes. Fosse o Estado um bom pagador, um exemplar cumpridor e que não hipotecasse o País atraves da colossal divida publica, eainda hoje conseguiria obter credito a juros compativeis.
Depois da hipoteca e sob o espectro da penhora vem o Estado, atraves do governo, saquear salarios, subsidios, aumentar a carga fiscal, diminuir agressivamente o poder de compra dos trabalhadores e pensionistas, como se fossem estes os autores da gestão do País, provocando degradação social. Essa é que é a verdadeira crise, a diminuição das condições de vida das pessoas, a regressão social.
A dita crise economica é um efeito da regressão social, pois que sem capacidade de consumo, retirada por acção do aumento dos impostos, aliada ao desemprego, à precaridade no trabalho. É por esta crise que o dinheiro não entra na economia e não é por acaso que surgem os apelos à exportação; é que a classe dominante sabe que o Povo português cada vez tem menos capacidade de injectar dinheiro na economia.
Se, ao inves de roubarem nos salarios e ou subsidios dos trabalhafores penalizassem os salarios publicos e privados cujos remanescentes não entram na economia mas sim no sistema financeiro como poupança, então teriamos uma economia mais forte e sustentavel.
Poderão argumentar que os melhores tecnicos, especialistas das diversas areas, os melhores craneos, desapareciam. Esquece, quem assim pensa, que cada vez que há uma alteração governativa com repercussões nas administrações central, regional e local, todos os novos mister são apresentados como as sumidades do momento capazes de resolver os problemas do País, mas depois é ver o trabalho realizado, por essa cambada de pilha galinhas, sendo um favor que faziam ao Estado e ao Povo se de facto emigrassem. Por outro lado, o persistir em manter esta forma de poder poderá conduzi-los a uma Primavera semelhante à dos países arabes.
Portanto não desviem as atenções para questões colaterais, quando a unica e verdadeira crise é a social e é nessa que tem de ser concentrado todo o discurso.

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